Uma trama digna de um enredo de novela policial se desenrolou em Araguaína nesta segunda-feira. Um homem, de 36 anos, acabou atrás das grades após tentar reaver um celular utilizando artimanhas criminosas. O caso, que inicialmente parecia um simples roubo, revelou-se uma teia de mentiras, envolvendo um pagamento por serviços sexuais.
Segundo informações da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos (DRR) de Araguaína, o indivíduo compareceu à delegacia alegando ter sido vítima de roubo nas proximidades da rodoviária da cidade. Contudo, investigações rápidas revelaram contradições em seu relato, levando os policiais a desconfiarem da veracidade dos fatos.
O delegado titular da DRR, Fellipe Crivelaro, elucidou os acontecimentos: "Durante as diligências, constatamos que o homem havia entregado seu celular como forma de pagamento em um encontro sexual. Ao perceber que não teria seu aparelho de volta, decidiu inventar o roubo para tentar reaver o dispositivo".
A história ganhou contornos ainda mais dramáticos quando a suposta receptora do celular foi localizada e conduzida à delegacia. Diante das autoridades, a mulher negou veementemente ter praticado qualquer roubo. Um confronto de versões foi o ponto de virada no caso: ao ser confrontado com evidências do histórico de localização de seu celular, o homem confessou a farsa.
O desfecho não poderia ser diferente: o acusador falso foi autuado em flagrante por denunciação caluniosa, crime previsto no Código Penal com pena que pode chegar a oito anos de reclusão. Sem direito à fiança policial, ele foi encaminhado à unidade penal regional, onde aguardará audiência de custódia.
O episódio serve de alerta para os riscos de utilizar meios ilícitos na tentativa de recuperar bens, além de evidenciar a importância da investigação policial meticulosa na busca pela verdade. Em Araguaína, a justiça não tarda a desmascarar os infratores, não importando quão elaborada seja a trama.