A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 63ª Delegacia de Polícia de Paraíso, realizou um mutirão para concluir as investigações de casos de crimes raciais ocorridos na cidade nas últimas semanas. Sob a supervisão do delegado José Lucas Melo, as diligências foram intensificadas após uma série de ocorrências desse tipo em um curto período de tempo, após um período de relativa calmaria nesse aspecto na região.
O primeiro caso ocorreu em 13 de dezembro do ano passado, quando uma mulher de 44 anos proferiu ofensas racistas e homofóbicas contra uma funcionária de um estabelecimento comercial no setor Pouso Alegre, durante uma discussão relacionada ao pagamento de uma dívida.
O segundo incidente, também no mesmo setor, envolveu uma mulher de 28 anos que, durante uma discussão com o ex-companheiro, proferiu ofensas racistas contra a atual parceira dele, uma jovem de 22 anos.
O terceiro caso, ocorrido em 13 de abril deste ano, no setor Vila Regina, envolveu uma briga entre vizinhos, durante a qual uma mulher de 42 anos proferiu ofensas homofóbicas contra uma criança de 11 anos, filho da outra parte envolvida na confusão.
O delegado ressaltou que essas condutas configuram infrações penais sujeitas a pena de até 5 anos de reclusão, conforme previsto na Lei de Racismo. Além disso, devido a decisões do Supremo Tribunal Federal, as condutas homofóbicas também são passíveis de aplicação dessa lei. Tais crimes não permitem o acordo de não persecução criminal pelo Ministério Público.
Com esses indiciamentos, a Polícia Civil busca deter a ocorrência desses casos na região, sob ameaça de responsabilização daqueles que praticarem tais condutas preconceituosas e homofóbicas em Paraíso e arredores. A instituição mantém-se atenta e vigilante para investigar e processar legalmente os responsáveis por esses atos de intolerância.