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Segurança Pública

Além do Sequestro: PMs Envolvidos no Desaparecimento de Jovem são Suspeitos de Forjar Flagrantes e Praticar Tortura, Revela SSP

Soldados presos durante operação Missing são acusados de condutas criminosas incompatíveis com o papel da Polícia Militar; Investigação aponta envolvimento em forjamento de flagrantes e casos de tortura.


Foto: PC/TO

A trama que envolve o desaparecimento do jovem Filipe Coelho Siqueira, de 21 anos, ganha contornos ainda mais sombrios com as revelações da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Os soldados Felipe Augusto Lovato da Rocha e Ismael Nascimento da Conceição, presos durante a operação Missing por suposto envolvimento no sequestro de Filipe, são agora alvo de uma investigação que vai além do desaparecimento.

De acordo com a SSP, a Polícia Civil descobriu que os soldados, que ingressaram na Polícia Militar no último concurso público, estariam envolvidos em condutas criminosas que desafiam os princípios éticos e legais da instituição. Utilizando-se de suas posições como policiais, os suspeitos teriam oferecido dinheiro a usuários de drogas viciados em crack para que comprassem entorpecentes em "bocas-de-fumo".

O modus operandi dos PMs incluía incursões clandestinas, à paisana e em carros particulares, em locais de tráfico, onde realizavam buscas e apreensões. No entanto, a investigação apontou que, em alguns casos, os materiais apreendidos não eram apresentados na delegacia, e as prisões dos traficantes não eram efetuadas.

Além disso, indícios levantados durante a investigação sugerem que os soldados estariam envolvidos em casos de tortura, uma prática inaceitável e contrária aos princípios fundamentais de um Estado Democrático de Direito.

O advogado da Associação dos Praças Militares do Tocantins, Paulo Roberto, afirmou que ainda não teve acesso à investigação, mas se posicionará nos próximos dias. As prisões dos PMs foram decretadas pela Justiça em razão dos crimes de homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Os militares devem permanecer detidos na unidade da Polícia Militar em Palmas, aguardando o desenrolar do processo penal que se avizinha. O Estado, por meio da SSP, destaca a gravidade das condutas, reafirmando o compromisso com a apuração justa e rigorosa desses crimes que abalam a confiança na instituição policial.

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