Um criador de gado residente em Araguatins, no Bico do Papagaio, amargou um prejuízo de R$ 236,5 mil ao se tornar vítima de um golpe elaborado por estelionatários que operavam de dentro de um presídio em Cuiabá, Mato Grosso. Os suspeitos, agora identificados pela Polícia Civil, foram capazes de movimentar cerca de R$ 300 mil com esse esquema, segundo informações reveladas durante a conclusão da investigação nesta quinta-feira (16).
O grupo, composto por seis homens e uma mulher, se apresentava com nomes falsos, criando uma fachada convincente para atrair vendedores e compradores interessados na negociação de gado. A Polícia Civil apontou que os criminosos adotavam a estratégia de enganar as vítimas, direcionando o dinheiro das transações para contas bancárias indicadas por eles.
A investida criminosa não se limitava apenas às transações virtuais; os estelionatários também realizavam abordagens presenciais, sondando casas agropecuárias na região em busca de potenciais vítimas. Foi dessa maneira que eles alcançaram o criador de Araguatins.
A vítima, que buscava adquirir 135 cabeças de gado em dezembro de 2022, foi induzida ao erro pelos estelionatários. Eles informaram falsamente que o gado estava em uma fazenda na mesma cidade, levando o criador a efetuar o pagamento através das contas bancárias fraudulentas, resultando no considerável prejuízo financeiro.
Os criminosos aplicaram o mesmo golpe em outro morador do Mato Grosso no mesmo mês, resultando em uma perda de R$ 70 mil para a vítima. Os valores obtidos foram movimentados, totalizando mais de R$ 300 mil naquele período.
As investigações revelaram que os estelionatários, mesmo presos, tinham acesso a celulares dentro da penitenciária, utilizando-os para obter contatos de criadores de gado alvos do esquema criminoso. Um dos membros do grupo, com conhecimento no meio rural, era encarregado de conduzir as negociações.
Os suspeitos, com idades entre 24 e 38 anos, agora enfrentam acusações, e as investigações sobre o crime de lavagem de capitais prosseguirão para identificar outros envolvidos que colaboraram disponibilizando contas bancárias para o recebimento do dinheiro das vítimas.