O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins deflagrou a operação Praeda, nesta terça-feira, com o objetivo de cumprir 18 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de advocacia em oito cidades do estado. A ação visa desarticular uma suposta organização criminosa envolvida em empréstimos consignados fraudulentos e ajuizamento em massa de ações judiciais contra instituições financeiras.
A organização criminosa, alvo da operação, é suspeita de angariar documentos e dados de pessoas em situação de vulnerabilidade, como analfabetos, aposentados e indígenas, para a prática dos crimes. Os membros da organização buscavam contratar empréstimos consignados fraudulentos, apropriando-se indevidamente dos valores obtidos.
A ação, realizada em parceria com a Polícia Civil, ocorreu em 11 residências e sete escritórios nas cidades de Ananás, Araguacema, Araguaína, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Dois Irmãos, Goiatins e Palmas. A operação contou com a participação de 60 policiais, 12 delegados, quatro agentes do Gaeco e sete promotores de Justiça.
As investigações, iniciadas em maio de 2023, apuram crimes como furto qualificado, apropriação indébita qualificada, estelionato qualificado, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual no âmbito de organização criminosa. A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Tocantins (OAB-TO) acompanhou a operação para garantir as prerrogativas dos advogados envolvidos.