O Centro de Internação Provisória (Ceip Norte) de Santa Fé está implementando círculos de justiça restaurativa desde maio, com o objetivo de fortalecer os laços entre agentes de segurança socioeducativos, equipe multidisciplinar, socioeducandos e seus familiares, abordando temas como autocuidado, autoconhecimento e relacionamentos interpessoais. Essa iniciativa faz parte do Projeto Justiça Restaurativa da comarca de Araguaína, que busca promover relações pessoais e interpessoais saudáveis.
No Centro, a Justiça Restaurativa é utilizada para resolver conflitos e construir ambientes harmoniosos, proporcionando melhor saúde mental aos participantes e restaurando os vínculos familiares dos adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas.
De acordo com Francisco Lobo, chefe da Unidade e agente de segurança, um dos principais objetivos da Justiça Restaurativa já está sendo alcançado. Ele afirma: "Desde o início dos círculos, pudemos notar o comprometimento e o envolvimento dos adolescentes com suas famílias, pois nosso propósito é reconectar e fortalecer esses laços familiares. Para os agentes, os círculos têm gerado maior empatia em meio ao ambiente de trabalho desafiador e constantemente alerta em que vivemos, e a Justiça Restaurativa contribui para tornar esse cenário mais harmonioso."
Um dos adolescentes que tem participado dos círculos ressalta que toda família enfrenta atritos, e a justiça restaurativa tem ajudado no processo de perdão e na aprendizagem de dizer não às más influências.
A equipe responsável pelos círculos restaurativos inclui a coordenadora do Projeto Justiça Restaurativa do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) da Comarca de Araguaína, Eliene Diniz, juntamente com Valdene Soares, Francine Pinto e Victoria Medrado. Além disso, há 20 facilitadores credenciados e atuantes desde 2015, promovendo Círculos de Construção de Paz em diversos ambientes da sociedade.
Os círculos são divididos em três etapas: pré-círculos, início dos círculos e pós-círculos. São realizados em grupo e individualmente, com a participação dos socioeducandos e seus familiares, abordando temas como reintegração familiar, reintegração social e a prevenção de reincidência dos adolescentes no sistema socioeducativo.
Márcia Rosa/Governo do Tocantins