A Justiça decidiu reverter a ordem de internação compulsória da mulher suspeita de matar cães de rua para se alimentar em Araguaína, no Tocantins. A internação havia sido realizada no início de março após a mulher ser autuada por maus-tratos a animais domésticos. No entanto, a Defensoria Pública do Estado (DPE-TO) solicitou a concessão de liberdade provisória, e o juiz da 2ª Vara Criminal de Araguaína acatou o pedido, determinando que a rede de assistência social acompanhe a paciente.
Apesar da decisão, a mulher continua internada no Hospital Regional de Araguaína (HRA), de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ela vivia em uma casa abandonada, mantendo animais em cativeiro, e confessou ter matado cerca de dez cães para se alimentar, exibindo as peles dos animais sacrificados no varal.
Durante a internação, a mulher foi diagnosticada com esquizofrenia paranoide e recebeu tratamento, sendo liberada em abril com alta médica. O juiz Antônio Dantas de Oliveira Junior destacou que é responsabilidade do Estado promover a desospitalização e fornecer os meios necessários para que a paciente possa dar continuidade ao seu tratamento em liberdade.
A decisão prevê que a mulher seja liberada na presença das equipes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), assim como da direção do hospital, para garantir as articulações necessárias que assegurem a continuidade do tratamento em meio extra-hospitalar.