A tensão continua a envolver o caso do desaparecimento do jovem Filipe Coelho Siqueira, de 21 anos, com os policiais militares suspeitos de seu sequestro optando pelo silêncio durante o interrogatório conduzido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (16). Os soldados Felipe Augusto Lovato da Rocha e Ismael Nascimento da Conceição, detidos preventivamente durante a operação Missing, permaneceram reservados em suas declarações. O jovem, que está sumido desde o primeiro dia de agosto, ainda não foi encontrado.
A defesa dos PMs informou, nesta sexta-feira (17), que ainda não teve acesso aos detalhes da investigação em andamento. Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) assegura que as buscas por Filipe continuam incansáveis. A 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Paraíso do Tocantins) está intensificando esforços para localizá-lo, inclusive utilizando drones equipados com câmeras térmicas nos locais possíveis de descarte.
Os policiais, lotados no 8° Batalhão da Polícia Militar (PM) em Paraíso do Tocantins, são apontados pela Polícia Civil como os indivíduos que aparecem nas imagens revistando e conduzindo Filipe Coelho para dentro de um veículo em 1º de agosto de 2023. Desde então, o paradeiro do jovem permanece desconhecido.
Filipe, estudante e ajudante de pedreiro, foi capturado por câmeras de segurança na Av. Campinas, no setor Jardim Paulista, no momento em que foi levado para o interior de um carro. Além das acusações de sequestro, os policiais estão sob investigação por suspeita de forjar flagrantes de drogas e até mesmo envolvimento em casos de tortura. A corregedoria da Polícia Militar acompanha de perto todo o desdobramento da operação, conduzindo uma investigação interna paralela para assegurar a transparência e responsabilidade na apuração dos fatos. O mistério em torno do desaparecimento de Filipe persiste, e a busca por respostas continua sendo uma prioridade na investigação.
