A Polícia Civil do Tocantins, por meio do Instituto de Identificação, deu um passo inovador na investigação de crimes ao utilizar a técnica de análise poroscópica para identificar o principal suspeito de uma tentativa de homicídio ocorrida em Palmas no dia 21 de dezembro de 2022.
Pela primeira vez, os papiloscopistas do Núcleo Especializado de Papiloscopia e Laboratório de Papiloscopia empregaram a poroscopia, uma técnica científica avançada que se baseia na análise dos poros presentes nas impressões papilares. Essa metodologia permitiu uma análise mais precisa dos fragmentos de vestígios papiloscópicos encontrados no local do crime e nos objetos recolhidos durante a investigação.
A papiloscopista Mariene Vaz explica a importância da técnica: "Para este tipo de análise é necessário a utilização de scanners e softwares de imagem que permitam o aumento de resolução do material analisado. Essa metodologia auxilia principalmente nos casos em que os fragmentos de vestígios papiloscópicos possuem dimensões reduzidas e com poucas minúcias disponíveis."
A diretora do Instituto de Identificação, Elaine Monteiro, destaca a relevância da tecnologia na produção de laudos mais qualificados e precisos. "A perícia tem um papel muito importante nas investigações, porque, muitas vezes, por meio dos vestígios encontrados no local do crime é que os casos são solucionados. Então quanto melhor for a tecnologia utilizada para que os laudos sejam mais precisos, mais sucesso as investigações terão", concluiu.
O laudo papiloscópico resultante dessa técnica avançada foi encaminhado para a 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP - Palmas) para os procedimentos cabíveis, marcando um avanço significativo na resolução de casos criminais na região.
