Em uma vistoria realizada no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus), o Ministério Público do Tocantins (MPTO) desvendou uma série de irregularidades que deixaram as autoridades de saúde alarmadas. A vistoria, conduzida pelo promotor de Justiça Thiago Ribeiro, revelou um cenário desolador que afeta diretamente os profissionais e pacientes do CEO.
A estrutura física do CEO se mostrou em estado precário, com goteiras nos consultórios e outros espaços, rachaduras nas paredes e um forro em condições lamentáveis. A falta de janelas no setor de próteses dentárias é apenas a ponta do iceberg, pois, neste espaço, o exaustor não atende às necessidades, o que resulta em um ambiente insalubre.
Uma das descobertas mais chocantes foi a carência de consultórios odontológicos. Apenas sete consultórios para atender a uma demanda considerável de pacientes e profissionais. Isso obriga muitos odontólogos a abandonarem suas atividades clínicas e a desempenharem funções administrativas.
Outro problema grave identificado foi a falta de atualização nas escalas dos profissionais. Mudanças constantes nos horários de trabalho não são registradas nos documentos oficiais, causando confusão e desorganização.
Na área de recursos humanos, a necessidade de contratação de um protético e auxiliares se tornou evidente para melhorar o atendimento no CEO. Essas descobertas vão ao encontro dos esforços do promotor de Justiça Thiago Ribeiro, que há anos tem monitorado a situação da saúde bucal em Palmas.
As irregularidades flagradas no CEO de Palmas são um chamado urgente para que as autoridades competentes ajam e resolvam os problemas que afetam tanto profissionais quanto pacientes. A população de Palmas merece um atendimento odontológico de qualidade e um ambiente de trabalho seguro para os profissionais de saúde.