O silêncio angustiante do Instituto Médico Legal (IML) de Palmas e Gurupi é quebrado apenas pelo eco vazio de corpos não reclamados. Desde o dia 4 de janeiro, o IML de Palmas aguarda aflitivamente por familiares de Alvaro Elchani Giachini, cidadão paraguaio, cujo falecimento se deu por causas naturais. Com 1.87 metros de altura, cor branca, cabelos lisos e castanhos, Alvaro repousa na espera de um adeus digno.
Para aqueles que compartilham laços de parentesco com Alvaro, o IML disponibiliza o número 3218-6840. Uma ligação, uma simples checagem de dados e a confirmação da triste notícia. A presença no IML, munido de documentos que ratifiquem o parentesco, é o último gesto de despedida.
Enquanto isso, em Gurupi, outro corpo aguarda na solidão do anonimato. Encontrado às margens da BR-153, no pátio da carne de sol em Cariri, um homem de cor parda, físico franzino, 1.70 metros de altura, cabelos ondulados castanhos, olhos castanhos, bigode e barba por fazer. Vestindo calção e camisa azul e branca, o homem traz consigo duas tatuagens marcantes: "Manuel" no antebraço esquerdo, acompanhado por um coração e desenhos, e uma no tórax, similar a um 9/COl.
O IML de Gurupi, através do telefone (63) 3312-8838, clama por qualquer informação que possa dar nome a esse corpo sem identidade. A esperança de reconhecimento, de um adeus digno, permanece nas mãos daqueles que detêm pistas cruciais sobre sua história.
Em um triste contraste, as duas histórias aguardam seus capítulos finais. O IML, guardião silencioso, espera, e a comunidade, atenta, é convocada a contribuir para o desfecho desses contos humanos não revelados.
