No coração do Tocantins, a paisagem exuberante do cerrado está sob ameaça devido a ações irresponsáveis de desmatamento ilegal. Porém, os fazendeiros responsáveis por essas ações estão agora enfrentando as consequências de suas escolhas, uma vez que foram multados em mais de R$ 3,5 milhões pelas autoridades do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
A ação de fiscalização rigorosa, denominada Operação Hancornia, não deixou espaço para complacência quando se trata de proteger o ambiente natural. As equipes do Naturatins, munidas de imagens de satélite de alta resolução, conseguiram identificar 1.195,914 hectares desmatados em propriedades rurais localizadas nos municípios de Rio Sono, Bom Jesus e Santa Maria do Tocantins.
A operação se desenrolou após um minucioso processo de análise das imagens de satélite, que revelou atividades de desmatamento ilegal em áreas críticas, incluindo reservas legais, áreas de preservação permanente e terras remanescentes.
A intervenção incisiva do Naturatins resultou em 30 procedimentos administrativos, que incluem a emissão de autos de infração e termos de embargo. Essas medidas rigorosas não apenas buscam impor multas significativas, mas também garantir que a devastação do cerrado seja contida e punida.
A escolha de nomear a operação de fiscalização como "Hancornia" é simbólica, fazendo referência à mangaba, um fruto típico do cerrado. Assim como a mangaba, que é parte essencial do ecossistema, o cerrado do Tocantins é fundamental para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental da região.
A mensagem da Operação Hancornia é clara: o desmatamento ilegal e a degradação ambiental não serão tolerados, e aqueles que colocam em risco nosso patrimônio natural enfrentarão as consequências de suas ações. A operação ressalta o compromisso das autoridades do Tocantins em preservar a riqueza e a beleza do cerrado para as futuras gerações.