A Ilha do Bananal, um paraíso natural no coração do Brasil, tem enfrentado um desafio implacável com o tempo quente. Mesmo com as chuvas recentes, a região ainda sofre com os impactos de um clima escaldante. Esta semana, equipes do Prevfogo/Ibama realizaram um resgate impressionante, salvando a vida de peixes que enfrentaram uma situação crítica em lagoas que se transformaram em verdadeiras armadilhas de lama.
O calor intenso causou a redução dos níveis de água e oxigênio nas lagoas, resultando na morte de inúmeros peixes. A equipe do Prevfogo/Ibama realizou uma operação de resgate digna de filme, transportando pelo menos 100 peixes que lutavam para sobreviver.
Essas mortes trágicas não foram causadas por contaminações, mas sim pela falta de oxigênio nas águas, à medida que algumas lagoas se transformavam em lamaçais abrasadores. Os peixes resgatados foram acomodados em tanques de transporte e, com grande esforço, levados até um rio localizado a dez quilômetros de distância.
Sidney de Oliveira Silva, chefe de esquadrão do Prevfogo/Ibama, descreveu o desafio hercúleo que a equipe enfrentou. O trabalho exaustivo e gratificante exigiu todo tipo de esforço para o resgate. Os peixes, após serem retirados da lama sufocante, foram transportados para o rio, onde foram mantidos em cercados de tela para descansar e recuperar o oxigênio perdido. Isso era essencial para evitar que se tornassem presas fáceis para predadores.
A equipe do Prevfogo que atua na região nordeste da Ilha do Bananal também inclui indígenas, que desempenham um papel crucial nos resgates. Dada a vastidão da área, nem sempre eles conseguem chegar a tempo para salvar os peixes em perigo. O chefe de esquadrão destacou que estão correndo contra o tempo para tentar alcançar o máximo de peixes possível.
Após o período de descanso, os peixes afortunados foram libertados com sucesso. Sidney de Oliveira Silva compartilhou a boa notícia: "Todos chegaram bem... os pirarucus chegaram perfeitos e já estão respirando."
