No coração do Brasil, o Estado do Tocantins está lançando um projeto pioneiro que promete transformar a maneira como a região lida com seus resíduos sólidos. Em uma parceria abrangente com a iniciativa privada e o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável Vale do Rio Manuel Alves – CIDS Vale do Rio Manuel Alves, o governo está dando início à criação de um projeto-piloto de aterro sanitário que servirá a pelo menos sete municípios da região Sudeste do estado.
Essa iniciativa ambiciosa visa atender à demanda atual de mais de 19 mil toneladas de resíduos sólidos gerados por cerca de 36 mil habitantes que residem nas cidades de Almas, Dianópolis, Novo Jardim, Porto Alegre, Taipas do Tocantins, Chapada da Natividade e Rio da Conceição. A meta é encerrar a prática de disposição inadequada de lixo, também conhecida como lixões, e adotar uma abordagem mais sustentável e eficiente para o gerenciamento de resíduos.
O Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, enfatizou a importância desse projeto. Ele destacou que a região Sudeste do Tocantins é um dos polos de ecoturismo mais importantes do estado. A eliminação dos lixões não apenas melhora a qualidade de vida dos moradores, mas também preserva o ambiente natural da região, atraindo visitantes preocupados com a sustentabilidade.
Essa ação também é resultado de um compromisso do governo em apoiar os municípios na gestão de resíduos sólidos. A construção de um aterro sanitário, devido aos altos custos envolvidos, é inviável para um único município pequeno. Portanto, a colaboração intermunicipal é fundamental para a concretização desse projeto visionário.
O projeto conta com o apoio da Aura Minerals, uma empresa comprometida com a responsabilidade socioambiental. A mineradora se ofereceu para financiar os custos de elaboração do projeto e o processo de licenciamento, demonstrando sua intenção de deixar um legado ambiental positivo nas comunidades em que opera.
Além de proporcionar uma disposição ambientalmente correta dos resíduos, a implementação de aterros sanitários contribui significativamente para a saúde pública, uma vez que os lixões a céu aberto são vetores de doenças. Essa iniciativa também tem o potencial de gerar empregos e renda para a população local.
Com o apoio técnico da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), os municípios envolvidos terão um guia para a implementação bem-sucedida desses aterros sanitários. Além disso, o projeto prevê a expansão do aterro no futuro, garantindo uma solução sustentável e de longo prazo.
Esse compromisso com a gestão adequada de resíduos sólidos também tem implicações financeiras. Atualmente, apenas 22 municípios no Tocantins destinam seus resíduos para aterros sanitários, perdendo recursos do ICMS-Ecológico, um programa que distribui R$ 150 milhões por ano para ações ambientais municipais, incluindo a disposição adequada de resíduos em aterros.
A iniciativa está ganhando força e recebendo apoio de várias partes interessadas, incluindo representantes do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público Estadual e do Instituto Natureza do Tocantins. Essas parcerias e colaborações estão unindo esforços para eliminar os lixões no Tocantins, tornando o estado um exemplo de gestão responsável de resíduos sólidos.
Uma reunião adicional deve ocorrer em breve para discutir detalhes técnicos com a empresa contratada pela Aura Minerals para a elaboração do projeto. Prevê-se que o projeto seja finalizado até fevereiro de 2024. À medida que o projeto avança, novos municípios da região poderão se juntar à iniciativa, ampliando ainda mais seu alcance e impacto positivo.
Essa é uma história inspiradora de cooperação, sustentabilidade e visão de futuro. O Tocantins está dando passos significativos em direção a um futuro mais limpo e responsável ambientalmente, graças a iniciativas como essa que unem comunidades, governo e empresas em prol de um ambiente mais saudável e sustentável.
