Na madrugada de domingo (12), a Polícia Federal deflagrou a Operação MRÃIWE em Tocantínia, desencadeando prisões e apreensões relacionadas a um esquema suspeito de desmatamento ilegal. Três indivíduos foram detidos sob acusações de envolvimento em crimes ambientais, enquanto um caminhão carregado de toras de madeira extraídas ilegalmente da Terra Indígena Xerente foi apreendido.
A operação, batizada com o significativo nome MRÃIWE, que se traduz como "mata bonita" na língua Xerente, teve como objetivo desarticular atividades criminosas ligadas ao desmatamento. Contando com o suporte da Polícia Militar e da Fundação Nacional do Índio (Funai), a ação resultou na apreensão de aproximadamente 16 metros cúbicos de madeira nativa.
O advogado Francisco José Sousa Borges, que se apresentou como representante dos suspeitos, anunciou que buscará medidas jurídicas para a liberdade dos clientes, caso a fiança não seja arbitrada. Audiências de custódia estão agendadas para a segunda-feira (13).
Além das prisões, um veículo utilizado como "batedor" durante o transporte das madeiras também foi confiscado. O material apreendido foi encaminhado para a sede da PF em Palmas.
Os investigados enfrentam acusações que incluem desmatamento ilegal de floresta, receptação qualificada e associação criminosa. As penas, se somadas, podem atingir até 15 anos de reclusão. O delegado Hayder Eduardo Martins Pereira afirmou que os indivíduos permanecem à disposição da Justiça Federal após a formalização do flagrante na superintendência da Polícia Federal. A operação MRÃIWE reflete o compromisso das autoridades em combater atividades criminosas que ameaçam o meio ambiente e territórios indígenas.
