Na aldeia Macaúba, a agonia persiste enquanto as equipes de busca intensificam os esforços para encontrar o menino indígena de 11 anos que desapareceu na região da Ilha do Bananal. A comunidade Karajá, não poupando esforços, organiza mutirões noturnos em uma tentativa desesperada de localizar a criança que não é vista desde domingo (21).
Acompanhando bombeiros e policiais militares, os indígenas percorrem a mata durante toda a madrugada, somando-se aos esforços das equipes de resgate. A situação torna-se ainda mais delicada pelo fato de que três dos quatro cachorros que acompanhavam o menino já retornaram para a aldeia, aumentando a apreensão da família.
Em um esforço conjunto, as buscas contam agora com o apoio do Ibama, que utiliza drones para monitoramento aéreo na tentativa de localizar a criança. Seis drones, incluindo quatro equipados com sensores térmicos capazes de identificar a presença humana na mata, sobrevoam a região, mapeando áreas novas para ampliar a cobertura.
Segundo o tenente-coronel Nilton Rodrigues, coordenador das operações, a estratégia é otimizar o mapeamento, evitando repetições e garantindo um alcance mais amplo de visão. Cerca de 50 pessoas, entre militares e indígenas, estão envolvidas nas buscas. Contudo, a preocupação persiste, especialmente considerando que a criança tem deficiência intelectual.
O tio do menino, Urania Karajá, expressou a tristeza da aldeia e o desejo urgente de encontrar a criança. "A aldeia está muito triste e a gente quer achar a criança logo."
Além das equipes do Tocantins e do Mato Grosso, o Ibama reforça as operações, utilizando seu conhecimento em monitoramento aéreo para ampliar as chances de localizar o menino. As buscas continuam incansáveis, marcando mais um dia de esperança, apreensão e esforços concentrados para trazer a criança de volta à sua família e comunidade.