No Dia Nacional de Conscientização da Doença Alzheimer, celebrado em 21 de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) levanta uma bandeira importante: a importância do diagnóstico precoce. Esta doença neurodegenerativa, que afeta predominantemente a memória, pode ser implacável, mas a detecção precoce pode fazer toda a diferença na qualidade de vida do paciente.
Segundo a médica Geriatra Gabriela Vincenzi, coordenadora da Equipe de Ortogeriatria e assistente da Equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Geral de Palmas, o diagnóstico da doença de Alzheimer envolve uma análise cuidadosa das funções cognitivas, incluindo memória, linguagem, comportamento, função executiva e função visuoespacial. A paciente destaca que para se diagnosticar a doença, é necessário identificar comprometimento em duas dessas funções, juntamente com uma alteração em um teste cognitivo. Um exemplo comum é o mini-exame do estado mental.
A doença de Alzheimer costuma ser dividida em quatro estágios, com o primeiro envolvendo falhas de memória e o quarto, uma restrição ao leito. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), cerca de 1,2 milhão de brasileiros convivem com a doença, e 100 mil novos casos são diagnosticados anualmente.
A Dra. Gabriela Vincenzi destaca que é possível prevenir o Alzheimer em até 40% dos casos através de mudanças no estilo de vida, como atividade física regular, alimentação saudável, aumento da escolaridade, além de manter mente e corpo ativos.
Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento do Alzheimer, incluindo idade avançada, sedentarismo, tabagismo, diabetes mellitus, doença cardiovascular e traumatismo craniano. Os sintomas iniciais muitas vezes são confundidos com estresse ou depressão, tornando o diagnóstico tardio. Quanto mais cedo a doença for detectada, mais eficaz pode ser o tratamento para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Apesar de não haver uma forma específica de prevenção, a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, exercícios físicos regulares, jogos intelectuais, saúde mental e sono adequado, pode contribuir para minimizar os riscos. Além disso, existem medicamentos que ajudam a gerenciar os sintomas e retardar a progressão da doença.
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), por meio do Programa Melhor em Casa, desempenha um papel essencial no cuidado a pacientes com Alzheimer no ambiente doméstico. Os interessados devem obter encaminhamento médico da Unidade Básica de Saúde e podem acessar medicamentos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A conscientização sobre o Alzheimer e a busca pelo diagnóstico precoce são passos cruciais na luta contra essa doença que afeta milhões de vidas.
